O município do Sul de Minas é grande produtor de café. Foto: Divulgação

O município do Sul de Minas é grande produtor de café. Foto: Divulgação

O município de Cabo Verde é um dos maiores produtores de café da região. Neste momento de pandemia do COVID-19, é grande preocupação com a chegada de trabalhadores imigrantes de outras regiões de Minas Gerais, da região Nordeste e até do estado do Paraná. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Reginaldo Roberto da Silva (“Tuzinho”) confirmou o momento de indefinições, com a economia travada e a cidade em estado de alerta.

Tuzinho informou que o Sindicato promoveu várias reuniões com representantes da Secretaria Municipal de Saúde e Sindicato dos Produtores Rurais para definir a situação da colheita do café neste ano. A orientação inicial ocorreu no sentido de evitar a contratação de trabalhadores de outras regiões, ressaltando que não existe legislação legal para tal pratica. Com isso, utilizando a mão-de-obra local. No final, considerando a possibilidade de contratação de trabalhadores imigrantes, foi decidido sobre a necessidade de obediência de várias regras. Ou seja, isolamento social na fazenda durante o período de sete dias, passando depois pelo médico do trabalho. Constatado algum risco, o trabalho terá que ser devolvido à cidade de origem. Os demais, então, permanecerão em isolamento por quatorze dias. O empregador terá total responsabilidade sobre a situação. Alguns já adiantaram que não conseguem ficar sem esta mão-de-obra imigrante, necessária para a colheita do café nas propriedades. Principalmente, considerando o grande número de contratos de venda futura de cafés especiais. 

LEVANTAMENTO - O sindicalista manifestou seu entendimento de que as contratações de trabalhadores imigrantes vão acontecer, mas em número bastante reduzido. Mediante levantamento feito pelo Sindicato, acredita que a mão-de-obra local é suficiente. Mas também será feito um banco de dados agregando pessoas que trabalharam no comércio e agora estão paradas, podendo então trabalhar na colheita do café. “Acredito estaremos desenvolvendo um novo mecanismo, até para mostrar que tem mão-de-obra suficiente dentro do município e região”, disse. A expectativa é que até o final desta semana seja possível oferecer dados concretos sobre o número de pessoas ociosas. Também um levantamento sobre quais empregadores estarão precisando dos trabalhadores e quantidade necessária.

CEMIG E COPASA - O dirigente acrescentou que fez solicitação aos deputados reivindicando que a Cemig e Copasa isentem o pagamento das contas neste período de isolamento social. Até porque muitas pessoas estão sem nenhuma renda e a conta vai chegar. Para ele, as associações dos municípios da região, como AMOG e AMARP, devem fazer frente nesta reivindicação. Isto ocorrendo, acredita que o governo estadual irá dar voz aos prefeitos e deputados.

AUXÍLIO EMERGENCIAL - Tuzinho ainda relatou que o Sindicato de Cabo Verde desenvolveu na última semana dois dias de mutirão para auxiliar as pessoas no cadastro que dá direito ao auxílio emergencial de 600 reais. Com isso, também contribuindo para o benefício da coletividade que mais necessita.

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