Fluminense queria trazer Nenê, mas teto salarial do clube impediu evolução das negociações

Fluminense queria trazer Nenê, mas teto salarial do clube impediu evolução das negociações

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro

O Fluminense atravessa uma grave crise financeira e, para minimizar os problemas, decidiu implementar uma política de redução de gastos. E essa iniciativa refletiu diretamente no futebol. A diretoria adotou teto salarial de R$ 150 mil para as novas contratações. Consequentemente, o Tricolor tem sofrido no mercado da bola.

Alguns casos são bem emblemáticos. O clube queria a renovação de Júlio César, mas o teto impediu que o pedido do goleiro fosse atendido. Ele queria R$ 200 mil de salário e teve a exigência negada. Com proposta financeira mais vantajosa fechou com o Grêmio.

Outro caso claro ocorreu com Nenê. O Fluminense tem interesse no camisa 10 do São Paulo, mas viu os números impedirem uma negociação. Isso porque o meia-atacante recebe na casa dos R$ 250 mil e extrapola o teto salarial dos cariocas.

Para levar a negociação adiante, o Flu teria que chegar a um acordo para que o São Paulo assumisse parte do salário de Nenê na próxima temporada. Evidentemente, a situação não agradou o clube do Morumbi.

O Fluminense, portanto, tenta se reforçar em meio a este difícil cenário. Até o momento o clube fechou com Matheus Ferraz, zagueiro do América-MG, Bruno Silva, volante do Cruzeiro, e com o técnico Fernando Diniz. Por outro lado, viu negociações por Marquinhos Gabriel, Moisés e Guilherme Parece fracassarem por conta do teto salarial.

Além disso, o Fluminense perdeu peças importantes. Richard e Sornoza foram para o Corinthians; Ayrton Lucas para o Spartak Moscou-RUS; Jadson para o Cruzeiro; Marcos Jr para o Yokohama Marinos-JAP; e Júlio César para o Grêmio.

Gum não chegou a um acordo pela renovação e deixou o Tricolor. Já Junior Dutra, Kayke e Cabezas foram dispensados. O clube, portanto, acumula muitas saídas e poucas contratações.

O time base do Flu para a temporada é: Rodolfo; Gilberto, Digão, Ibanez e Marlon; Airton, Bruno Silva, Luiz Fernando, Danielzinho; Everaldo e Luciano. Será suficiente para 2019?

Foto: Ale Cabral/AGIF (via UOL)

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