Hoje ídolo na Sérvia, Novak Djokovic teve uma infância difícil em seu país. O tenista viu a Guerra do Kosovo se instaurar quando tinha apenas 12 anos e era obrigado a se proteger de bombardeios e ataques da Otan à Belgrado, onde morava, em refúgios e porões. Mesmo assim, o tenista treinava diariamente, ao som de sirenes e sob a pressão da guerra.
Nesta quarta-feira, o sérvio visitou o lugar onde começou a jogar tênis e lembrou desta época. Em foto postada em sua conta no Twitter, Djokovic mostrou as paredes de um refúgio onde treinava marcadas por balas e bombas da guerra.
"Lembranças...A parede onde eu rebati as minhas primeiras bolas de tênis com Jelena Gencic. Destruída por bombas, mas ainda de pé", escreveu o sérvio como legenda da foto.
A Guerra do Kosovo foi consequência de uma guerra civil instaurada na antiga Iugoslávia com o movimento separatista dos albaneses da região do Kosovo (o Exército de Libertação do Kosovo) e o governo central da antiga Iugoslávia, entre 1996 e 1999.
Em dezembro de 1998, um acordo de paz foi negociado para pôr o fim a guerra e estabelecer a independência de Kosovo sob intermédio da da Otan (Organização do Atlântico Norte). Mas as negociações fracassaram e a Otan, em 1999, atacou a Iugoslávia, dando início à Guerra do Kosovo. Foram 79 dias de bombardeios até que os líderes ocidentais e o presidente da Sérvia Slobodan Milosevic entrassem em um acordo.
Djokovic lembra desta época de sua vida como um momento difícil, mas que o ajudou a ser mais forte e a se tornar o ídolo nacional que é hoje. Em entrevista a um canal de TV sérvio em março de 2012, o tenista revelou que chegou a passar horas trancado no porão devido aos bombardeios da Otan.
"A guerra nos tornou mais fortes. Fez com que tivéssemos mais fome, ficássemos famintos pelo sucesso. Nós temos um caminho mais árduo de sermos bem-sucedidos na vida como sérvios, por causa do passado que tivemos e devido à história que tivemos", disse.
Mas Djokovic prefere lembrar desta época de maneira positiva. "A melhor parte sobre isso é que não precisávamos ir à escola e jogávamos mais tênis", brinca. Na biografia do atleta, sua mãe, Dijana, revelou que seus filhos treinavam o dia todo, durante bombardeios e ao som de sirenes.
FOTO: UOL
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