Novo camisa 9 é a peça que faltava para o time da Vila Belmiro?

Novo camisa 9 é a peça que faltava para o time da Vila Belmiro?

 O tão sonhado, esperado  e necessário camisa 9 chegou. Depois de tentar Alexandre Pato, Nicolás Blandi e Ricardo Oliveira, o Santos acertou a contratação de Fernando Uribe. Aprovado por Sampaoli, o bom centroavante que pertencia ao Flamengo chegou para quase fechar o elenco santista - digo quase pois o Peixe ainda busca um lateral direito reserva e claro que o clube não viraria as costas para uma boa oportunidade de mercado. 

 

A grande questão envolvendo o atacante é: Uribe resolve o problema santista no ataque? Como o novo camisa 9 pode potencializar - ou até mesmo atrapalhar - a linha ofensiva do time da Vila Belmiro? Custando cerca de R$ 5 milhões aos cofres alvinegros, o colombiano teve passagem apagado pelo Flamengo, mas fez muito sucesso jogando no Toluca do México onde, em três temporadas, teve média de 20 gol por ano. Embora tenha a cabeçada como uma de suas principais características, Uribe não é exatamente um centroavante fixo que se limite a esperar bolas alçadas na área e isso é fundamental para se encaixar no esquema de Sampaoli.

 

Uma palavra é essencial: movimentação. Se Uribe mostrar qualidade - e já mostrou em outros momentos - para sair da área, se deslocar para os lados, participar das triangulações e não se limitar a jogar parado, o colombiano se tornará fundamental para o sucesso santista. Dessa forma, o camisa 9 será a presença de área que tanto tem faltado ao Peixe - para muitos, esse é o detalhe que está faltando para que o Santos deslanche de vez - e será também peça fundamental para o crescimento de algumas peças.

 

O meia Jean Mota, por exemplo, que tem como grande ponto forte a infiltração, a chegada na área como um falso 9, pode se dar muito bem ao aproveitar os espaços que Uribe pode abrir movimentando-se no comando ofensivo da equipe. Os atacantes de lado de campo do Peixe também podem ganhar muito com a presença do centroavante. Tendo em Uribe um excelente cabeceador e boa presença dentro da grande área, os ponteiros com característica para jogar abertos terão no colombiano o jogador certo para aproveitar os muitos cruzamentos santistas que muitas vezes passam a frente do gol sem que ninguém os aproveite - curiosidade é que o Santos é uma das equipes que mais cruza a bola nesse Brasileirão com média de 14.25 cruzamentos por jogo, claro que muitos dos cruzamentos santistas são bolas rasteiras em busca da finalização e não necessariamente o chamado chuveirinho. 

 

Quem também tem muito a ganhar com a chegada de Uribe são os volantes e laterais santistas: uma vez Diego Pitucha, Sanchez, Vitor Ferraz e Jorge (ou Felipe Jonatan), os responsáveis pela armação da equipe, se aproveitam da movimentação no ataque para chegar finalizando, o novo centroavante pode se tornar peça fundamental na função de pivô, servindo especialmente esses homens de chegam de trás.

 

Ao mesmo tempo em que pode ser fator determinante para potencializar o ataque do Santos, Uribe pode também atrapalhar as ações ofensivas da equipe. Mais uma vez a palavra chave aqui é movimentação. Se não abrir espaços, o colombiano se torna um problema num ataque que tanto se movimenta. Nessa linha, atacante pode prejudicar muito a função de Jean Mota que, quando se limita a ser meia não consegue grandes atuações. O Santos de Sampaoli tem em seu DNA o ataque em bloco, com muitas infiltrações, jogadores surpreendendo e até tabelas dentro da grande área. Ao se limitar a ser um centroavante fixo, ocupando a região próxima do gol, Uribe forçará o Peixe a cruzar bolas altas e impedirá as chegadas desse bloco ofensivo alvinegro.

 

Embora não seja um jogador acima da média, Uribe é uma boa contratação santista. Não deve ser titular absoluto da equipe - mas convenhamos: quem é titular absoluto com Sampaoli? A verdade é que o camisa 9 será muito útil, especialmente se entender logo o jeito santista de jogar. 

 

 

Fotos: Santos/Divulgação

 

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