Família Brittes celebra aniversário de Allana na véspera da morte do jogador Daniel Corrêa. Foto: Reprodução/Instagram

Família Brittes celebra aniversário de Allana na véspera da morte do jogador Daniel Corrêa. Foto: Reprodução/Instagram

Presas desde 8 de novembro sob acusação de participação no homicídio do ex-jogador Daniel Corrêa, Cristiana Brittes e sua filha, Allana Brittes, têm esperança de deixar a prisão ainda em janeiro. O advogado de defesa, Claudio Dalledone Filho, explica que neste mês a Justiça deve analisar um pedido de habeas corpus.

Ele argumenta que ambas têm residência fixa, emprego, são rés primárias e não há mais como interferir na investigação porque a apuração foi encerrada. Ele tem mais esperanças com a liberdade da mãe.

"A Cristiana precisa cuidar da filha (de 11 anos). Estamos convictos que, ao menos, ela reúne todas as condições de liberdade pelo fato da filha estar precisando de cuidados", declarou o advogado. A menina menor de idade está sendo cuidada pelos avós maternos e a defesa alega que eles não têm condições de criarem a criança pelo casal ter idade avançada, a avó sofrer de crises de depressão e o avô passar um longo período distante de casa por conta do trabalho.

O caso está em segunda instância e será julgado pela Primeira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná. A corte atua em casos de crimes contra pessoas, como homicídios, tortura e infanticídio. Ela é considerada a Turma de maior respeito por reunir os desembargadores experientes do Paraná. 

 

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A assessoria de imprensa não revelou informações sobre o julgamento porque o caso corre em segredo de Justiça. A análise do habeas corpus será realizada quando o relator convocar os demais desembargadores.

Se o advogado de defesa tem esperanças de Cristiana e Allana deixarem a cadeia, o mesmo não ocorre em relação a Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, assassino confesso de Daniel.

"Em relação ao Edison, ainda não vamos pedir porque o caso não está maduro. Não está no momento de pedir liberdade", declarou.

Justiça já negou liberdade 

A Justiça já recusou um pedido de prisão domiciliar de Cristiana Brittes. Entre os argumentos, Dalledone já havia incluído a necessidade da ré cuidar da filha de 11 anos, o que não convenceu a juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª vara criminal de São José dos Pinhais. 

A magistrada afirmou que o crime ocorreu na casa da família Brittes e isto demonstra que não é adequando deixar a menina de 11 anos sob responsabilidade da mãe. Em relação a Allana, a liberdade não foi concedida porque a acusada limpou o local em que Daniel foi espanacado. 

Foi com base nesta negativa que a defesa entrou com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná. 

 

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Processo começa a andar

O julgamento que pode devolver a liberdade de mãe e filha é consequência de um recurso, o habeas corpus. Em paralelo, corre o processo criminal aberto a partir da denúncia do Ministério Público do Paraná.

A última movimentação ocorrida, foi a entrega das alegações por parte da defesa das sete pessoas presas acusadas de participação na morte e multilação do ex-jogador. Os advogados responderam, de forma escrita, cada acusação feita pelos promotores que atuam no caso. O processo é longo e não há prazo para julgamento que será no tribunal do júri. 

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