As dificuldades encontradas pelo tenista Thomaz Bellucci nos últimos tempos não foram poucas. Trocas de técnico, contusões e alguma instabilidade emocional. Ficou parado muito tempo, sem ritmo. Neste esporte, a falta de ritmo custa caro.


Ao vê-lo estreando na chave principal do US Open com uma vitória sóbria e convincente sobre Nicolas Mahut, ficou clara sua evolução. Mas seu próximo desafio seria nada menos que Stanislas Wawrinka, “apenas” o ganhador do 1º Grand Slam do ano na Austrália.


Na noite de ontem Bellucci começou apático, sem reação e sem impor seu estilo de jogo. Foram necessários dois sets para que o tenista brasileiro acordasse. E que bela acordada, quase uma ressureição, porque mudou bastante sua postura em quadra. Agressivo, sacando bem e confiante, deu muito trabalho a Wawrinka. No tênis a palavra confiança se funde em estratégia e motivação.
Bellucci perdeu a partida, mas demonstrou nítidos avanços em alguns quesitos, embora tenha que reconhecer alguns aspectos pontuais deste jogo.


Wawrinka jogou no mínimo um metro atrás da linha de saque, se preparou para o estilo de Bellucci, mas o brasileiro não soube aproveitar, deu poucas bolas curtas e em alguns momentos do jogo poderia ter trocado um pouco mais de bolas com o suíço. Para o entendimento de todos, a troca de bolas pode ser uma estratégia de forçar o erro do oponente, empurrar a responsabilidade para o outro lado da quadra. Mas sem fugir da racionalidade e da análise técnica e tática, Bellucci foi muito bem, caiu de pé. Na sequência, se mantiver esse padrão, deve avançar bastante.

Esporte é vida! Viva o Tênis.
Gustavo Alves dos Santos - nosesportes@gmail.com
No twitter: @gustavofarmacia

Foto: UOL

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