Gabriel Jesus durante partida do Brasil contra a Bolívia pela Copa America. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Gabriel Jesus durante partida do Brasil contra a Bolívia pela Copa America. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Um dos setores que Tite mais tem feito testes depois da Copa do Mundo da Rússia é o ataque. O treinador já mostrou diversas possibilidades de formação do seu trio ofensivo e ainda não achou um definitivo.

No jogo de ontem contra a Bolívia, o setor foi o único modificado: o time começou com David Neres, Richarlison e Roberto Firmino e terminou com Everton, Willian e Gabriel Jesus.

Nos amistosos, ele começou as duas partidas com a revelação palmeirense no comando de ataque. Contra o Qatar, ele escolheu Everton para o lugar de Neymar e, diante de Honduras, David Neres foi o escolhido.

Tite admitiu que, no 4-2-3-1, atual sistema tático da seleção, o time rende mais quando um atacante fica mais fixo na área. Foi essa uma das correções feitas pelo treinador no intervalo do jogo após as vaias no Morumbi.

A alteração surtiu efeito, Firmino deu até assistência, mas ainda não convenceu. Gabriel Jesus, artilheiro da seleção com Tite, entrou e levantou a galera logo no primeiro lance. O atleta vinha de cinco gols nos últimos três jogos e passou em branco na estreia, mas já conseguiu deixar a dúvida na cabeça do comandante.

"O Firmino vem retomando um padrão e é natural que ele oscile um pouco", analisou para depois ouvir seu braço direito. "A hora que a gente colocou o Jesus deu uma retomada, ele vem de jogos muito bons", completou o seu auxiliar número 1, Cleber Xavier.

Curiosamente, essa foi uma das dúvidas que mais tirou o sono de Tite na Copa do Mundo da Rússia. Na ocasião, ele apostou todas as fichas em Gabriel Jesus, mas não viu o jovem render. Acabou eliminado da competição e bastante cobrado por não dar chances a Firmino.

Além da dúvida de quem assume a função de ser o camisa 9, Tite tem ouvido questionamentos sobre uma eventual troca de lados entre Richarlison e David Neres, sobre a possibilidade de Everton merecer a titularidade após o golaço e até se era possível que Richarlison fosse o pivô.

"O Richarlison tem um posicionamento muito peculiar. É diferente do que a gente vinha jogando. Ele é mais de área, fica mais próximo ao pivô, que pode ser Firmino ou Jesus. Se eu colocar o Neres na dele, eu não vou tirar o melhor", ponderou.

Além dos já citados, Tite também fez outros testes depois da Copa do Mundo. Douglas Costa, Malcom, Lucas Moura e até Vinícius Júnior foram convocados. Nem todos puderam atuar, mas ficaram no radar da seleção para uma mudança no setor.

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