No Paraná, Coritiba e Sport duelaram pela quarta rodada do Brasileirão

No Paraná, Coritiba e Sport duelaram pela quarta rodada do Brasileirão

No Paraná, Coritiba e Sport duelaram pela quarta rodada do Brasileirão. O time pernambucano levou a melhor e venceu por 1 a 0, numa partida marcada pelo interessante confronto tático entre Celso Roth e Eduardo Baptista.

O Coxa entrou no 4-2-3-1, com Alex sendo o responsável pela articulação de jogadas e circulação da bola pelo ataque, devido à sua excelente qualidade no passe. Os adversários evitavam faltas com uma certa proximidade em relação à grande área por causa do talento de Alex na bola parada, principalmente em posicionamento frontal ao gol, onde normalmente leva muito perigo com chutes colocados e por cima da barreira.

Os lados do campo também eram explorados pela equipe paranaense, com Norberto buscando a dobradinha com o lateral-esquerdo Carlinhos durante suas passagens e chegadas ao ataque, enquanto que pela direita, Jajá buscava afunilar um pouco mais para o meio e até mesmo a finalização de fora da área. Na frente, Zé Love tentava se locomover pelo ataque, se deslocando para zonas próximas para a recepção da posse de bola e também tentando encontrar espaços entre os zagueiros para concluir. Chico, por vezes, se apresentava como elemento-surpresa no ataque, tentando a chegada na área pelas proximidades do lado direito do ataque. Na segunda etapa, houve uma inversão de lado entre Jajá e Norberto, com o primeiro caindo um pouco mais pela esquerda e o segundo buscando mais o flanco direito. O grande problema do Coxa era a fase final de construção de jogadas, por causa de erros no último passe ou na conclusão.

O Sport tinha o costume de fazer algo próximo de duas linhas de quatro sem a bola, tendo preocupação com a compactação defensiva, fechamento/redução de espaços e fazendo encaixes individuais por setor na marcação. Por vezes, Rodrigo Mancha ficava responsável pelo acompanhamento individual de Alex, o cérebro de criação do Coritiba. A marcação leonina geralmente contava com posicionamento em bloco médio/baixo e as linhas postadas predominantemente dentro de seu próprio campo, sem muita pressão e raramente adiantando-as para iniciar o combate na saída de bola adversária. A proposta de jogo era de usar principalmente o contra-ataque como arma, porém, a articulação dos contra-golpes se mostrou falha durante o primeiro tempo, por causa dos erros de passe ou do uso demasiado da bola longa para frente, de modo que o Coritiba ganhava a primeira bola e normalmente também ficava com os rebotes na intermediária.

No ataque rubro-negro, Leonardo e Neto Baiano(centroavantes de origem), também faziam um certo revezamento na frente, porém, com o primeiro recuando com maior freqüência para buscar jogo na intermediária ofensiva, auxiliar na criação ou arriscar chutes de médias distâncias. Nos lançamentos e bolas pelo alto para o campo de ataque, um deles ia para a primeira bola, subindo com o zagueiro e o outro ficava mais à frente para tentar aproveitar a escorada ou desvio. Augusto, volante de origem, transitava bastante por dentro, entre as intermediárias, quando o time leonino tinha a posse de bola, chegando a alcançar a linha dos meias e também buscando a arrancada nas tentativas de organizar o contra-golpe. Renan Oliveira, ora buscava a jogada pelo lado esquerdo, ora buscava o centro, partindo de fora pra dentro.

No segundo tempo, o Coritiba perdeu em poder de construção de jogo com a saída de Alex, que fazia a bola circular pelo ataque de forma limpa e qualificada. O Leão manteve sua postura, marcando por vezes com quase toda a equipe atrás da linha da bola, porém, tentando ter um pouco de agressividade quando atacava. A entrada de Danilo, deu maior mobilidade ao ataque rubro-negro pelo extremo esquerdo, inclusive num lance onde este citado entrou em diagonal num cruzamento originário do lado oposto ao dele(direita), por muito pouco os pernambucanos não abriram o placar.

Porém, após uma cobrança de falta de Neto Baiano, defendida parcialmente pelo goleiro Vanderlei, o volante Rithely(que tem justamente como principal característica a chegada ao ataque, aparição na área como elemento-surpresa e também se apresenta nos rebotes ofensivos) aproveitou a sobra e mandou pras redes.

No Twitter: @joaoeliascruzzz

Imagem: Arquivo pessoal do colunista

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