Há exatos cinco anos, uma partida aparentemente despretensiosa entrou para a história como uma das maiores reações de todos os tempos no futebol inglês.

Naquele 5 de fevereiro, Arsenal e Newcastle United entravam em campo em condições bastante distintas. Apesar de jogar em casa, os Magpies ocupavam apenas a décima colocação na tabela, enquanto os Gunners eram vice-líderes, pouco atrás do Manchester United.

Desta forma os prognósticos não eram muito favoráveis aos anfitriões, ainda mais levando em conta que o clube londrino havia vencido no primeiro turno. Para piorar, o recém-promovido Newcastle sofreu um gol logo no primeiro minuto da partida. Aos dez, o placar já sinalizava um imponente 3 a 0 para os visitantes. E se engana quem pensa que os comandados de Wenger pararam por aí. Pouco antes do fim da etapa inicial, Van Persie anotou o quarto gol do Arsenal.

Famoso pelas declarações em relação ao brasileiro Neymar, o meio-campista Joey Barton, então no Newcastle, afirmava que a equipe voltaria ao gramado na segunda etapa apenas para tentar “evitar um placar de críquete".

Tal tarefa ficou mais fácil aos cinco minutos da etapa final quando o volante Diaby acabou indo mais cedo para o chuveiro após um desentendimento com o próprio Barton. O "bad boy" tratou de diminuir a diferença batendo um pênalti aos 23 minutos da etapa final.

Quinze minutos depois, ele mesmo, Joey Barton, diminuiu ainda mais a vantagem dos Gunners ao converter mais um pênalti, por sinal, bastante duvidoso. À esta altura a partida já estava 4 a 3 e a pressão dos Magpies não parava de aumentar.

Foi então que aos 43 do segundo tempo o marfinense Cheik Tiote aproveitou um rebote de um cruzamento e, de fora da área, bateu de primeira para igualar o placar. O “milagre” quase ficou ainda maior quando minutos depois o meia Kevin Nolan por pouco não acertou um chute cruzado em direção ao gol do polonês Szczesny.

Tem coisas que só o futebol é capaz de proporcionar.

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