O raro exemplo do Fogão é o que fica!

O raro exemplo do Fogão é o que fica!

Sim, o Glorioso de General Severiano vai jogar de novo com o Palmeiras.

Tem que jogar, né, STJD?

Para quem “corintianou” tão fácil em 2005 é moleza dar razão ao Fogão agora em 2019.

Mas, no próximo jogo, será o famoso “cutucar a onça com vara curta”, só que pouco importa.

O raro exemplo do Fogão é o que fica.

Nesses ótimos tempos de adaptação ao maravilhoso, sonhado e indispensável VAR, o eterno time de Garrincha, Didi e Nilton Santos presta mais um grande e bom serviço ao nosso futebol ao anular o jogo em que perdeu para o forte Palmeiras só por 1 a 0.

Garrincha, Didi e Nilton Santos, históricos nomes do Botafogo

Afinal, houve erro de direito, esquerdo, fato, interpretação, timing, excesso de infelicidade e o jogo não poderia ficar por aquilo mesmo.

O árbitro Paulo Roberto Alves Junior se equivocou, merece puxão de orelha, com o devido desconto do aprendizado, mas a lei do jogo, do apito e do VAR precisa ser respeitada.

E na outra partida, é bem verdade e possível que o Botafogo leve de três ou de quatro.

Mas, e daí?

Sendo respeitada a nova lei do apito, que o time da Estrela Solitária leve é mais uma vez nota 10 pela luta no tapetão persa mais justo da história da bola.

Afinal, trata-se do clube brasileiro mais campeão do mundo que temos no Brasil e quiçá no mundo.

Em 1958, a “Estrela Solitária” iluminou 43,27% de nossa primeira Copa, na Suécia.

Em 1962, o Botafogo foi “mais modesto”, respondendo por “módicos” 100% de nosso bi, no Chile.

Os botafoguenses Garrincha e Amarildo: fundamentais em 1962

E em 1970, o “combinado” Botafogo (48,77%) e Santos (51,23%) trouxe o maravilhoso e televisionado tri do México para o nosso povo.

Assim, obrigado, Botafogo, mesmo com o gol do Camanducaia, do Márcio Rezende de Freitas e do “não título brasileiro” de 1995 à parte.

Márcio Rezende de Freitas, protagonista da final do Brasileirão de 1995, entre Botafogo e Santos

E sem você, Botafogo, nós seríamos hoje Peru, Colômbia, Bolívia, Suécia, Finlândia, Equador, Camarões ou Sérvia da bola selecionada de nações.

E, com este tipo de atitude legal e oportuna do Botafogo indo aos tribunais com todas as razões, o nosso humilde mundinho do futebol dá belo exemplo a todos nós da sociedade brasileira.

Está errado?

Então vamos consertar, recorrer ou pagar rápido!

Que seja assim também nos prédios de condôminos inadimplentes, no excesso de multas recebidas por maus motoristas no trânsito, no FIES com tantos estudantes não ressarcindo o governo, no Imposto de Renda sonegado ou pago na marra, nos maus serviços prestados nesta ou naquela área e nos gabinetes políticos federais, estaduais e municipais.

Vamos lá, gente, vamos tentar virar Suécia, Japão (ah, se desse!), Canadá, Finlândia, Noruega ou Suíça, o paraíso.

Sonhar é preciso e não custa nada.

Ficar reclamando e botando fogo em tudo por aí não adianta nada.

Aí é “venezuelar”!

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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