Grêmio vence Universidad Católica e se classifica. Cruzeiro perde para o Emelec e Palmeiras agradece

Grêmio vence Universidad Católica e se classifica. Cruzeiro perde para o Emelec e Palmeiras agradece

Terminada a fase de grupos da Copa Libertadores, o aproveitamento dos clubes brasileiros nessa  etapa da competição pode ser considerado ótimo, haja vista que todos os que entraram diretamente  na disputa do torneio lograram classificação para as oitavas de final.
 
As baixas que tivemos, representadas pela eliminação do São Paulo e do Atlético Mineiro, foram em relação a clubes que haviam se classificado para a chamada pré-Libertadores, por haverem terminado o campeonato brasileiro do ano passado na 5ª e 6ª colocações. Fora do G-4, portanto. 
 
Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil, e Athlético Paranaense, campeão da Copa Sul-Americana, responderam bem até aqui a participação no torneiro continental, conseguida através dessas conquistas. 
 
O time comandado por Mano Menezes, que vinha arrasando no torneio com 100% de aproveitamento, teve a faca e o queijo na mão para chegar ao final da fase de grupos com a melhor campanha da Libertadores, mas jogou a tolha na última rodada, perdendo para o EMELEC e transferindo essa vantagem ao Palmeiras, que  venceu seu último compromisso dessa etapa, igualando-se à Raposa em pontos e a superando no critério saldo de gols. 
 
Está mais do que claro que foi uma tremenda bobagem da direção técnica do Cruzeiro mandar a campo para esse jogo uma equipe mista, quando bem poderia ter atuado com sua força máxima e no mínimo empatado, o que teria lhe garantido a melhor campanha da fase e o direito de decidir em casa as disputadas dos jogos mata-mata até a semifinal da Libertadores. 
 
Grêmio e Athlético Paranaense ficaram em  segundo em seus  grupos. Os demais clubes brasileiros classificados nessa primeira etapa do torneio continental foram campeões de seus grupos,  o que lhes permitirá enfrentar nas oitavas de final equipes teoricamente mais fracas, fazendo os jogos decisivos dentro de seus próprios domínios.
 
Mesmo acabando a fase de grupos numa posição secundária, o time de Renato Portaluppi, que confirmou a classificação nesta quarta-feira batendo o Universidad Católica por 2 a 0, na Arena, tem muito para comemorar em torno dessa classificação. 
 
Afinal, trata-se de mais uma confirmação da velha e boa "imortalidade tricolor", mística que surgiu no hino do Grêmio, de autoria de Lupicínio Rodrigues, e se projetou em jornadas épicas que entraram para a história gremista com jeito de "ressurreição", cuja mais significativa foi a trepidante "Batalha dos Aflitos", acontecida da forma como bem sabemos. 
 
Fui um dos primeiros a admitir uma eventual eliminação do Grêmio na Libertadores deste ano, após aquela derrota para o Universidad Católica, no jogo de ida, quando o time gremista voltou do Chile com apenas 1 ponto conquistado, amargando a última colocação de seu grupo. 
 
A partir daquele tropeço com cara de eliminação irreversível , tudo o que restava ao Grêmio era vencer todos os seus compromissos nos jogos de volta e torcer para que os resultados se combinassem de forma a lhe permitir recuperar o terreno perdido nos confrontos de ida.
 
Pois foi nesses momentos cruciais, desesperadores, quando o moral dos gremistas estava nos calcanhares,  que a mística da "imortalidade" voltou à cena e deu aquele jeitinho de fazer o concorrente à vaga babar na gravata, perdendo pontos preciosos, algo que, combinado com o "dever de casa" feito pelo Grêmio, acabou devolvendo ao mosqueteiro do Pampa a chance da classificação que parecia irremediavelmente perdida.  
 
A vitória alcançada pelo Grêmio, de forma relativamente fácil,  diante do Universidad Católica,  não surpreendeu, pois o tricolor tem mais time do que o visitante chileno e o enfrentou na Arena, diante de sua torcida. 
 
Não posso negar, contudo, que cheguei a classificar essa decisão como um jogo de risco para o dono da casa, levando em conta a enorme intranquilidade que havia revelado no confronto de domingo, diante do Fluminense, escancarando total incapacidade para segurar a vantagem de 3 a 0 que havia alcançado no placar até os 25 minutos do primeiro tempo.
 
Mas aquilo que eu temia felizmente não aconteceu no jogo gremista da classificação e isso torna imperioso apontar o que mudou para melhor no time de Renato, que conseguiu mudar sua postura, de um jogo para outro, dando uma resposta positiva no confronto decisivo diante do Univerdad Católica.  
 
O que mudou foi o melhor futebol praticado, essa é a resposta óbvia para o questionamento. Mas não é nisso que repousa o fundamento da explicação, pois ele se consubstancia numa coisa chamada condicionamento psicológico. 
 
Não sei se foi alguma preleção bem sucedida de Renato Portaluppi ou se aconteceu algum trabalho de profissional de Psicologia nessa mudança gremista  de comportamento. Mas que algo foi feito nesse aspecto, isso ficou cristalino como uma gota d´água.  
 
Esse equilíbrio se fez notar  na forma tranquila como o time do Grêmio conduziu o jogo do primeiro ao último minuto, sem denotar afobação no sentido de abrir o placar e, depois que conseguiu marcar seus gols, na maneira serena como se defendeu,  não dando espaços para a  reação do adversário, ao contrário do que fizera diante do Fluminense, quando se perdeu em campo depois do "porre" de gols com que havia se "embriagado" na primeira metade da etapa inicial. 
 
No plano isolado, foi pública e notória a mudança de atitude do zagueiro Kannemann, que certamente depois de um "tratamento psicológico" nos bastidores do Grêmio, comportou-se de forma exemplar no jogo pela Libertadores, jogando tudo quanto pode e sabe, sem reclamar da arbitragem, como é de seu feitio, nem mesmo quando levou cartão amarelo, a meu ver imerecido por um entrada dura, mas leal num jogador do time adversário. 
 
Fale com nosso comentarista Lino Tavares: Portal Terceiro Tempo, Rede de Mídia Brasil Online  (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte). Rede de Mídia Internacional Online (New York, Paris, Londres, Roma e Madrid), Revista Eletrônica GibaNet.com (São Paulo), Site Cota Jurídica.com (São Paulo),  Jornal Expresso Minuano-RS. Facebook: Lino Mídia Celebrities e Planeta Arte - Estrelas. E-mail: jornalino@gmail..com
 

SOBRE O COLUNISTA

Lino Tavares é jornalista diplomado pela PUC/RS, especializado em jornalismo impresso, televisionado, radiofônico e cinematográfico, além de habilitação polivalente em Relações Públicas e Publicidade/Propaganda.

Possui, ainda, o Curso de Especialização em Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal do Exécito (Rio-RJ) e o de Treinador de Futebol, pat... Saiba Mais

Arquivos