Botafogo reclama de pênalti inexistente diante do Palmeiras. Grêmio ganha pênalti compensando gol anulado e André desperdiça

Botafogo reclama de pênalti inexistente diante do Palmeiras. Grêmio ganha pênalti compensando gol anulado e André desperdiça

Já estamos na 6ª rodada do Brasileirão e ainda não existe uma amostragem técnica capaz de permitir afirmar com convicção quais são os melhores e os priores times que participam do certame em 2019.
 
Os resultados dos confrontos têm sido minguados e as vitórias de uns sobre os outros, salvo as raras exceções, têm ocorrido no detalhe, geralmente com diferença de um gol e, em alguns casos, decorrente de decisões polêmicas com o emprego do VAR. 
 
O Palmeiras, que é o líder do campeonato com uma boa margem de pontos sobre o segundo colocado,  tem encontrado  tanta dificuldade para vencer os seus jogos quanto os demais. 
 
A vitória diante do Botafogo por 1 a 0, no Rio, não foi resultante de um predomínio absoluto do time palmeirense, que reconhecidamente possui uma equipe mais categorizada do que o alvinegro carioca. 
 
Houve maior volume de jogo do alviverde paulista sobre a equipe botafoguense, mas nada proporcional à superioridade técnica do time de Felipão em relação ao esquadrão da estrela solitária.  
 
O gol de pênalti, convertido por Gustavo Gómez, foi fruto de uma decisão tomada pelo juiz Paulo Roberto Alves, após consultar o árbitro de vídeo, chegando à conclusão de que a penalidade  teria ocorrido num lance faltoso de Gabriel sobre o palmeirense Deyverson. 
 
Trata-se de uma decisão de tal sorte polêmica que já se noticia a intenção do Botafogo no sentido de anular o jogo junto ao tribunal de justiça da CBF, o que certamente não conseguirá, porque isso colocaria em dúvida a utilidade do VAR, abrindo um precedente para que o uso desse recurso se tornasse alvo de futuras contestações.
 
Pior do que esse pênalti marcado contra o Batafogo foi o fiasco aprontado pelo árbitro catarinense Rafael Traci, no jogo Grêmio x Atlético MG, que apitou o que não viu, invalidando o gol de Geromel para o Grêmio, e ao consultar o VAR voltou a campo marcando uma pênalti a favor do time gaúcho, com base no que lhe foi informado pelo árbitro de vídeo, lance que não havia percebido no momento em que aconteceu. 
 
Como não pôde voltar atrás e validar o gol do Grêmio, uma vez que tinha apitado antes de ele acontecer a suposta falta que o invalidara, o juiz houve por bem marcar o pênalti indicado pelo VAR, deixando a nítida impressão de que fez isso como forma de compensar a injusta anulação do gol gremista. 
 
Para sorte do visitante mineiro, o atacante André, que insiste em não se firmar no comando do ataque do Grêmio, cobrou a penalidade de forma desatenta, chutando pela linha de fundo, à direita da meta defendida por Victor. 
 
Não obstante a trapalhada da arbitragem, esse fato até certo ponto inusitado não interferiu no resultado da partida, uma vez que o Grêmio acabou derrotando o Galo, no gol de Vizeu assinalado nos primeiros minutos da etapa complementar.  
 
Aliás, esse confronto entre gaúchos e mineiros , em Porto Alegre, foi mais uma comprovação de que as posições mais privilegiadas ora ocupadas na tabela não correspondem a uma suposta superioridade técnica dos mais bem posicionados em relação aos que estão abaixo.  
 
O fato de o Atlético Mineiro posar de vice-líder do campeonato  e o  Grêmio patinar na Zona de rebaixamento, não se expressou em campo como  elemento revelador  de melhor qualidade técnica por parte do time visitante. 
 
Muito pelo contrário. Em razão do predomínio gremista sobre a equipe atleticana, no primeiro tempo, com um volume de jogo que ultrapassou a marca dos 80% de posse de bola, a impressão que se tinha era de que o Grêmio é que ocupava a ponta de cima da tabelo e o Atlético amargava o desconforto do Z-4. 
 
É verdade que, a partir da metade do segundo tempo, já perdendo de 1 a 0, o Atlético foi para cima do Grêmio e quase chegou ao empate, mas isso aconteceu mais à base do desespero e também porque o time gaúcho diminuiu o ritmo de jogo, pensando no compromisso de quarta-feria diante do Juventude, na Arena, que precisa vencer para avançar na Copa do Brasil.
 
Com o primeiro resultado positivo no Brasileirão, alcançado  diante da equipe mineira , o time de Renato Portaluppi conseguiu dormir fora do desconforto do Z-4 na noite de sábado para domingo.  
 
Mas esse alívio tricolor perdurou somente até o anoitecer de domingo, quando a brava Chapecoense aprontou para cima do Cruzeiro, no estádio Independência em BH, derrotando o time de Mano Menezes por 2 a 1 e devolvendo ao Grêmio a indesejável vaga que ocupara na Zona de rebaixamento com um jogo a menos. 
 
E tem mais. Mesmo com a vitória diante do Galo, o Grêmio pode terminar a 6ª rodada em situação ainda pior do que estava quando ela começou, ou seja na vice-lanterna do Brasileirão. 
 
Essa desgraça gremista pode ocorrer no complemento da rodada, que acontece às 20 desta segunda-feira, caso o CSA vença o Goiás e o Avaí derrote o Ceará, algo não descartável uma vez que tanto o time alagoano quanto o catarinense jogam em casa, diante de suas torcidas. 
 
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Foto:  UOL
 

SOBRE O COLUNISTA

Lino Tavares é jornalista diplomado pela PUC/RS, especializado em jornalismo impresso, televisionado, radiofônico e cinematográfico, além de habilitação polivalente em Relações Públicas e Publicidade/Propaganda.

Possui, ainda, o Curso de Especialização em Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal do Exécito (Rio-RJ) e o de Treinador de Futebol, pat... Saiba Mais

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