Em Nagoya, onde está o Corinthians, o fenômeno foi sentido de forma leve

Em Nagoya, onde está o Corinthians, o fenômeno foi sentido de forma leve

Direto de Nagoya, Japão
Texto e fotos: @fabiolucasneves

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A "capital" da República Popular do Corinthians nessa primeira fase do Mundial é Nagoya, a quarta maior cidade do Japão, com mais de dois milhões de habitantes. Em um Shinkansen (trem-bala), a viagem até Tóquio dura uma hora e meia.

O Timão também recebeu as boas-vindas em Kariya, nos arredores da metrópole. O Wave Stadium foi escolhido pela comissão técnica para receber o primeiro treino da equipe em solo nipônico. A temperatura não passou dos 10 graus.

Para chegar até lá, os jornalistas brasileiros escalados para a cobertura do Mundial pegaram o metrô, sempre limpo, organizado e... silencioso. Dificilmente, o japonês conversa dentro do vagão para não perturbar quem está ao lado.

Repare que na alça de apoio há um sinal que deixa claro: É PROIBIDO FALAR AO TELEFONE! Mas o Marco Bello, da Rádio Transamérica, estava ao vivo na emissora e...

O Corinthians atraiu a atenção da imprensa local, que acompanhou a atividade. Em pequeno número, é verdade. O profissional da direita usa uma máscara por estar gripado ou com tosse, algo muito comum no Japão. Trata-se de uma lição de cidadania e respeito ao próximo.


E é claro que repórteres conhecidos da TV brasileira deram o ar da graça. Fernando Fernandes, da TV Bandeirantes, estava em busca da palavra certa para "fechar o texto", como se diz no jargão jornalístico. Esse baixinho tem um currículo gigantesco.


O mineiro Renato Peters, da TV Globo, usou a Cafusa para gravar a "passagem". A bola da Copa das Confederações de 2013 será testada no Mundial.

Aliás, o Corinthians carrega nas costas o peso de algumas milhões de bolas. A Fiel aguarda o título com ansiedade.

Tite e seus comandados conhecem a importância de retribuir o esforço de milhares de torcedores, que atravessaram o mundo para ensaiar uma "invasão", além da confiança dos milhões, milhões e milhões que ficaram no Brasil.

Cercado de cuidados especiais, Guerrero fará o malabarismo que for preciso para ajudar o time paulista na competição. Aliás, o peruano se recupera bem da contusão sofrida no joelho.

Na terra em que o sol nasce, o Corinthians quer afastar os problemas e deixar o tempo aberto para brilhar.
Curiosidades

No metrô de Kariya, percebe-se a importância da bicicleta na vida do japonês. O cidadão usa a "magrela" para sair de casa até a estação e a deixa em um lugar determinado antes de usar o transporte púbico até o trabalho. No retorno, basta pedalar de volta à residência. Detalhe: não há cadeados para evitar eventuais furtos nesse estacionamento.

Saudações à simpática taxista que não cobrou a corrida hoje por ter errado na devolução do troco. A correção do povo japonês é de embasbacar.

Logo depois do treino do Corinthians, na tentativa de voltar a Nagoya de metrô, demoramos alguns quilômetros para perceber que havíamos tomado o vagão errado. Tenho interesse em conhecer o interior do Japão, mas hoje não...


O jornal de esportes daqui traz na capa mesa-tenistas, felizes com algo que não fui capaz de decifrar (você conseguiria?). O palmeirense Hugo Hoyama ficaria orgulhoso...

E lá se vai mais um dia na vida do Corinthians no Japão. A coisa está esquentando... Até um leve tremor de terra foi sentido em Nagoya. Nada demais aqui. Mas, em outras áreas do Japão, há risco de algo sério acontecer.
PS. Foi a sensação mais estranha que tive na vida.




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O termômetro
da decisão
 
A ajuda do trem-bala à cobertura do Mundial

 
 

 
 
 
 

 
 
 
 
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SOBRE O COLUNISTA

Iniciou a carreira em 1999 na Rede Bandeirantes de Rádio. Passou pela Rádio Jovem Pan e empunhou por seis anos o microfone da TV Record. Desde março de 2008, é editor-chefe do site Terceiro Tempo. Em julho do mesmo ano, foi contratado para integrar o time de repórteres da Band.

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