Pedro no Flamengo?

Bernardo Gentile Do UOL, no Rio de Janeiro
O Flamengo gerou grande polêmica ao realizar uma proposta para contratar Pedro, do Fluminense. O centroavante se interessou pelos números oferecidos e se colocou a favor da negociação nos bastidores. O Tricolor, por outro lado, se contraiu e deixou claro que não tem conversas sobre a possível venda de sua joia como o maior rival.
Uma ligação entre o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, e o vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, fez com que o Rubro-negro retirasse a primeira oferta e sequer realizasse uma segunda. É que o dirigente tricolor havia acabado de assumir o clube e não tinha qualquer objetivo de levar a negociação adiante.
Os números chegariam a 12 milhões de euros (R$ 51,4 milhões) pelos seus 50% de direitos econômicos do atleta. O Artsul, dono dos outros 50%, ganharia uma pequena comissão e manteria os direitos econômicos para uma futura venda pelo Rubro-negro. Pedro passaria de um salário de R$ 200 mil no Flu para R$ 700 mil no Fla.
A postura do Flamengo é contundente. O discurso é que a proposta por Pedro seria boa para o Fluminense também. Porém, agora, após se retirar da negociação, o Rubro-negro diz não ter mais qualquer interesse em retomar as conversas. A sensação é que a oportunidade passou e o Tricolor optou por deixar passar.
O Fluminense, por outro lado, não confia na postura do Flamengo. Para o Tricolor, o rival tem feito tudo de maneira calculada. Realizou oferta alta para o jogador, criando um clima pesado entre ele e a torcida do Flu.
Mais que isso. O Fluminense entende que o Fla finge ter se retirado da negociação para fazer parecer que o Tricolor está sem alternativas. Tudo com o objetivo de oferecer ainda menos numa futura negociação.
O problema é que o Fluminense não pretende voltar atrás. Para a diretoria das Laranjeiras, se Pedro não estiver com clima bom nessa retomada de temporada há a possibilidade de vendê-lo para a Europa, o que sempre foi o plano inicial em algum momento. Com o Fla não tem negociação, apenas o pagamento integral da multa rescisória de 50 milhões de euros.

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